segunda-feira, 26 de outubro de 2015

INSULINA E SUA SECREÇÃO

     Antes de entendermos como funciona o processo de secreção da insulina, é necessário entendermos o que é insulina, a insulina nada mais é do que uma pequena proteína unida por duas cadeias de aminoácidos (moléculas que formam as proteínas por condensação). Esse hormônio tem por finalidade retirar a glicose do sangue e encaminha-la para as demais células do corpo, onde será convertida em energia. A má funcionalidade da insulina pode ser causada pela não produção da mesma pelo pâncreas, o que causa a diabetes tipo 1 , ou pela resistência a insulina pelas células que recebem glicose, causa da diabetes tipo 2.

     Agora que já temos a base sobre o que é a insulina, podemos aprofundar nosso conhecimento ao seu processo de secreção. A insulina é produzida e secretada pelo pâncreas, mais precisamente pelo tecido das ilhotas de Langherans, o qual produz ainda o glucagon. A insulina é secretada pelas células betas das ilhotas, as quais compreendem cerca de 60% do total, essas secretam ainda a amílina, as células alfa que representam 25%, secretam o glucagon e as células delta secretam a somatostatina, representam 10% do total. Como mostrado abaixo.


   
       No bom linguajar brasileiro, esse processo de liberação da insulina, está relacionado com a diminuição da secreção de glucagon, o que está relacionado com a quantidade de energia presente no metabolismo. Entenda assim: o glucagon é o hormônio da fome, ou seja, quando estamos em jejum, esse está mais ativo, pois ele “joga” glicose que está em reserva em nosso organismo, no sangue, para tentar suprir as necessidades do nosso corpo. Quando nos alimentamos, reestabelecemos os níveis de glicose no sangue, o que causa a inibição do glucagon e a ativação da insulina, a qual “ abrirá as portas” das células receptoras de glicose. No caso do paciente com diabetes, ou ele não produz insulina que, como já foi dito anteriormente é a causa da diabetes tipo 1, ou as células receptaras possuem tolerância a essa insulina, ou seja, “ a chave não cabe na fechadura”, o que não permite a entrada de glicose nessas células, aí ocorre um acúmulo de glicose no sangue, conhecida como hiperglicemia.
     Veja na imagem abaixo a comparação das células das ilhotas de Langherans, do tipo beta, que secretam a insulina, em uma pessoa normal e no diabético tipo1.




Fontes: https://www.bd.com/brasil/diabetes/page.aspx?cat=19151&id=19393;
             Capítulo 78 do livro: Tratado de fisiologia médica de Guyton e Hall.


Maria Helena De Araujo Ricardo

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